Empreendedor que começou com R$ 300 emprestados, hoje tem rede de franquias com mais de 100 lojas
INÍCIO DA KINGS SNEAKERS
Em meados dos anos 90 surge dentro da Galeria do Rock, no coração de São Paulo, uma loja de discos chamada New Records. Na época, a loja fez sucesso junto ao público ligado à cultura Hip-Hop e urbana que circulava pelos corredores da galeria. Durante mais de uma década a pequena loja, que ostentava o número 34 em sua fachada, se manteve forte e fiel às suas raízes. Porém já na metade dos anos 2000, com a aceleração da tecnologia, a venda de discos ficou cada vez mais segmentada e concentrada em poucos amantes da mídia física. Foi exatamente nessa época que a história da New Records começou a se transformar na história do macaco.
Foi então que em dezembro de 2007 o fundador da New Records percebeu que havia uma lacuna no mercado para o consumo de cultura urbana em forma de moda. Surgia assim a primeira loja do macaco, a Kings Sneakers. Nascido e criado no centro de São Paulo, Igor Morais não só cresceu envolto à cultura urbana como também se envolveu profundamente com ela. O início foi árduo e difícil. Começou essa história com R$ 300,00 emprestados para comprar produtos escassos ao público esquecidos em prateleiras de outlets. O sucesso se multiplicou e a marca própria nasceu. Os corredores da galeria se tornaram estreitos ao poder da marca e desde 2014 as franquias Kings Sneakers vem se multiplicando pelos shoppings a fora. Hoje a Kings Sneakers conta com mais de 100 pontos de venda.
Atualmente são três lojas próprias, 100 franqueadas em funcionamento e 20 negociadas, em reforma para abrir. O investimento para abrir uma franquia da marca gira entre R$ 350 mil e R$ 500 mil, com taxa de franquia, reforma e estoque inicial.
Igor Morais conta que sua marca criou sua própria “engrenagem de franquias”. Segundo ele, o segredo para dar certo é ser honesto com o potencial franqueado, falar do faturamento e mostrar como a marca funciona.
“A vantagem de ser um franqueado é ter as campanhas de marketing e uma equipe da marca para auxiliá-lo. Monitoramos as vendas deles. Se estão caindo, geralmente, é um problema em um dos quatro pilares —– funcionários, gerentes, ponto comercial ou mercadoria — e vamos lá checar. Tenho franqueado que tem 21 lojas, outros tem oito, nove…”, diz Morais.