Franquia Outer Shoes

Franquia Outer Shoes fatura R$ 150 mil

Franquia OuterShoes

Criada em 2004 no Rio de Janeiro, a grife de sapatos Outer Shoes usa materiais naturais e reciclados. A marca entrou para o franchising em 2010 e atualmente conta com 23 lojas em operação. Para este ano, o plano da Outer Shoes é abrir de oito a dez novas lojas e crescer 30% em faturamento, assim como ocorreu no resultado de 2015. Até 2020 a expectativa é alcançar 80 lojas.

  

O faturamento médio mensal é de 150 mil reais e o espaço das lojas varia de 30 a 45 metros quadrados.  Os franqueados pagam royalties de 25% e taxa de propaganda de 5% sobre as compras. A margem de lucro esperada é de 14%.

Investimento inicial: a partir de R$ 350 mil
Prazo de retorno do capital: a partir de 20 meses

O empreendedor Breno Bulus, da Outer Shoes
Breno Bulus, da Outer Shoes: ele era engenheiro, mas o sonho de um negócio próprio falou mais alto

Ele largou a engenharia para fazer sapatos e já tem 23 lojas

Em entrevista ao Portal Exame, o engenheiro Breno Bulus relatou sua história. Ao enfrentar um problema que não tinha nada a ver com sua profissão: achar calçados confortáveis com um visual diferente do comum. Com essa inquietação em mente, colocou a mão na massa para encontrar uma solução não apenas para si próprio. A loja criada a partir do problema, chamada Outer Shoes, deu tão certo que tornou-se uma rede de franquias com faturamento de 33 milhões de reais em 2015.

“Eu sempre tive a vontade de ter um negócio próprio. Ao mesmo tempo, no papel de consumidor eu sentia falta de calçados com um design mais contemporâneo. Via como o setor de calçados estava mais parado no tempo em relação a outros setores, que já tinham desenvolvido uma pegada conectada ao momento atual”, conta o empreendedor.

Ainda que gostasse da sua carreira na construção civil e tivesse sucesso nisso, Bulus conta que tinha uma veia criativa muito forte. Seu desejo por sapatos diferentes foi a oportunidade perfeita para execitar essa vontade. Após viajar e visitar fábricas e conhecer diferentes modelos de negócio, o empreendedor usou suas próprias reservas financeiras para montar a primeira unidade da Outer Shoes, em 2005.

No começo, Bulus admite que as pessoas não estavam com muita vontade de apostar em produtos diferentes do usual – ainda mais quando se fala em calçados, que são essenciais para o dia a dia. Porém, à medida que os consumidores experimentavam os produtos, o processo de fidelização tornou-se mais intenso, chegando à expansão por franquias.

Filosofia

O engenheiro tinha a ideia de criar não só uma loja, mas uma marca-conceito. Ou seja: uma empresa que ofereça não apenas produtos, mas também valores. No caso da Outer Shoes, a proposta é valorizar os “jardins urbanos”.

“Propomos que é muito bom viver nessa era de informação e de tecnologia, mas que também é preciso buscar uma maior integração com a natureza, seja por meio do contato com o meio ambiente ou pelas nossas próprias vontades”, explica Bulus. O público que compra na Outer Shoes é variado: são artistas e personalidades, pessoas que apoiam o conceito de jardinagem urbana e até mesmo aqueles que buscam apenas um calçado confortável.

Todas as lojas possuem um projeto arquitetônico moderno, associado à jardinagem – com contêineres, caixotes de plástico ou goma, por exemplo. Além disso, os calçados são mais largos e arredondados, o que evidenciaria um design mais conectado à forma natural dos pés, e priorizam um material mais “autêntico”, diz Bulus. “Muitos trabalham com um couro tão tingido em seus sapatos que as pessoas mal percebem que é couro. Nós valorizamos as imperfeições do couro e temos acabamentos próprios”. Veja, nas fotos acima, o ambiente das lojas e alguns modelos de calçados.

Diferente do que muitos pensam, moda não é algo fútil, defende o empreendedor. “Nós a entendemos como uma forma de expressão da vivência da sociedade, assim como todos os tipos de arte. Antes de lançarmos a coleção, por exemplo, estudamos o momento em que a sociedade estará e todas as nossas coleções são pautadas nessa atmosfera. Achamos que o produto entra em moda quanto mais conectado é ao que está acontecendo no momento”.

Por exemplo, a moda das sandálias “gladiadoras” nos Estados Unidos e na Europa em 2008 foi, em parte, por conta de um contexto de crise econômica: havia uma demanda por sapatos fortes, mas também cômodos, afirma Bulus.

Franquias

Um ano após a abertura da primeira loja da Outer Shoes, o negócio ganhou sua segunda unidade. Reinvestindo os ganhos, Bulus chegou a ter quatro unidades próprias no final de 2010. Foi aí que escolheu o franqueamento como modelo de expansão.

“Vimos que a franquia casava muito bem com nosso modelo de passar a visão de dono para todos os membros do nosso negócio. Assim como nas nossas lojas próprias, nas franquias é preciso ter alguém realmente comprometido à frente do negócio”, diz o diretor de expansão Felipe Lamin.

O diretor financeiro da Outer Shoes virou o primeiro franqueado da rede. Poucos meses depois, ele abriu sua segunda unidade. “Vimos que realmente dava certo e contratamos uma consultoria para formatação financeira e jurídica, desenhamos nosso novo modelo de expansão”.

Hoje, há 23 unidades operando e todas são franqueadas – inclusive os quatro negócios criados por Bulus, que ocupa hoje funções de construção de marca e de desenvolvimento de produtos. Os estados em que a Outer Shoes atua são Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

O momento de crise não é impedimento para a Outer Shoes: o faturamento da rede no ano passado foi de 33 milhões de reais, um crescimento de 30% em relação a 2014. Vale lembrar também que o setor de acessórios pessoais e calçados foi o que mais cresceu em 2015, no universo das franquias.

“Desde que começamos a expandir, as oportunidades nunca foram tão interessantes. É bom tanto para melhorar quem já está na rede quanto para trazer gente nova. Nós incrementamos a gestão das lojas existentes e vemos maiores chances em conseguir pontos comerciais do que em outros tempos, o que ajuda quem quer e está preparado para empreender”, explica Lamin.

Exame.com – Editado por Franchisingbook

  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.