Franquia Ekim Semijoias fatura R$ 3,5 mi

Casal fatura R$ 3,5 milhões com semijoias e lança franquia móvel em contêiner

Rodrigo Campos e Eliene Kim são donos da Ekim Semijoias, marca que nasceu no interior de São Paulo. A Rede pretende chegar a 100 unidades em todo o país até o fim do ano

O empreendedor Rodrigo Campos, 36 anos, deu o pontapé inicial em um negócio que faturou R$ 3,5 milhões em 2021. Rodrigo é o sócio-fundador da Ekim Semijoias, rede de franquias criada em sociedade com a esposa, Eliene Kim, 37 anos, em 2014. A marca prevê fechar o ano com 100 operações, quatro vezes mais do que em 2021. A projeção é faturar R$ 5 milhões neste ano.

Rodrigo Campos e Eliene Kim, sócios-fundadores da Ekim Semijoias (Foto: Divulgação)

A Ekim trabalha com coleções próprias, criadas pela própria fundadora, e tem uma força de venda amparada em venda direta, que é conectada diretamente às franquias. Atualmente são 38 lojas, e o casal acaba de desenvolver um novo modelo de franquia modular, instalada em contêineres de 9 a 12 metros quadrados, e que podem ser transportados de acordo com a necessidade do franqueado. Modelos similares têm sido lançados por outras redes, como Chilli Beans, Água de Cheiro e docg.

Antes de criar a empresa, em 2014, Kim trabalhava em um banco e Campos era gerente comercial de uma empresa varejista. Os dois sempre tiveram vontade de empreender, e a chegada do primeiro filho fortaleceu isso. “Queríamos ter uma vida melhor, e sabíamos que isso viria por meio do empreendedorismo”, diz a ex-bancária. No entanto, Kim estava receosa de mexer nas economias do casal para algo incerto, uma vez que eles tinham o pequeno de apenas um ano. O casal já tinha observado alguns segmentos e tinha visto potencial em semijoias.

Em um lampejo de coragem, sem poder mexer no dinheiro que tinha, Campos foi até o banco e conseguiu um crédito consignado de R$ 5 mil. A decisão não foi aprovada de imediato por Kim, mas foi o que deu início à história empreendedora do casal. “Produzimos as primeiras peças e quem fazia as vendas era a Eliene, no banco, e minha mãe, no condomínio”, afirma o empreendedor.

Depois dos primeiros meses de atuação, eles perceberam que precisariam encorpar a produção para se diferenciar no mercado. “Ou nós faríamos um produto genérico e seríamos mais um no mercado, ou construiríamos uma marca, já visando o futuro”, diz a empreendedora. Assim, eles traçaram um caminho para trabalhar com um produto original, deixando de atuar apenas com distribuição. Kim ainda não pode assinar os produtos, por não ser designer, mas diz que está se especializando para isso. “Tudo é brifado por mim”, afirma.

O modelo de vendas por maletas acabou conquistando novas revendedoras nos anos seguintes. Eram clientes que se interessavam pelos produtos e pediam para revender — e um novo ciclo se repetia com as clientes delas. A Ekim chegou a algumas dezenas de representantes quando o casal decidiu abrir um showroom, em 2016, na cidade de Americana (SP). “Antes estávamos trabalhando na sala do meu apartamento. Montávamos as maletas e distribuíamos na sala de casa. Além disso, precisávamos visitar cada uma das representantes. Não estávamos dando conta”, diz Campos.

Fachada da Ekim Semijoias: franquia quer acelerar crescimento nacional (Foto: Divulgação)

Um ano depois do showroom, eles decidiram que seria hora de abrir a primeira loja da marca. O objetivo era trazer uma experiência “padrão Vivara” para o consumidor do interior, fugindo do que se costumava ver em lojas de semijoias da região. No entanto, a condição era não assustar os clientes da classe C. Nessa época, a marca já era conhecida, por meio das representantes e pelo trabalho de redes sociais que tinha sido iniciado pelo casal. O projeto arquitetônico foi desenvolvido por um amigo dos dois.

“As pessoas gostavam do nosso atendimento, oferecíamos um cafezinho, um bolo, tínhamos uma loja aconchegante e bonita. Criamos um vínculo com nossas clientes e, ao mesmo tempo, fortalecemos a marca para a revendedora que estava na rua”, diz Kim.

Após um ano de atuação com a loja própria, eles pensaram sobre a possibilidade de franquear o negócio. Conheceram mais sobre o modelo em uma feira de negócios na capital e buscaram auxílio para a formatação. A primeira franqueada foi uma das revendedoras da Ekim. “O pai dela já tinha uma franquia de alimentação, e eles já conheciam como funcionava”, diz a empreendedora.

Parte interna da loja da Ekim Semijoias (Foto: Divulgação)

Em 2019, eles instalaram a primeira loja em um shopping center em Piracicaba (SP), mas a empreitada acabou não durando muito. O ponto era próprio e trouxe alguns aprendizados para o casal em relação a custos e identidade do negócio — que precisaria ser diferente para centros de compras. “Entendemos que ainda não era o momento de irmos para o shopping. Transferimos o ponto para a rua e focamos nos franqueados”, diz Kim.

A empreendedora julga que a pandemia acabou sendo um ponto de virada para a marca. Eles estavam com duas franquias, além dos pontos próprios, quando precisaram fechar as lojas. Kim conta que nunca tinha feito lives ou algo do gênero, mas que, na semana seguinte ao decreto governamental, pegou o celular, despretensiosamente, e falou para as clientes sobre a importância de se arrumar e se sentir bem e bonita, mesmo no home office. “Foi um empoderamento feminino que entrou no ecossistema da Ekim. Triplicaram as vendas: todo dia eu recebia feedback de clientes dizendo que não conseguiam mais se levantar e não se arrumar”, afirma.

Após conseguir manter o faturamento das lojas existentes, eles passaram a observar oportunidades para acelerar a expansão. A ideia era tornar a Ekim uma marca conhecida nacionalmente. No início de 2021, o casal conheceu Leonardo Castelo, sócio-fundador da aceleradora 300 Franchising.

Franquia modular é o novo passo da Ekim Semijoias para crescer (Foto: Divulgação)

Após fechar a sociedade, eles reestruturaram os modelos de expansão e terminaram 2021 com 24 franquias — atualmente, há 38 vendidas. As franquias podem ter suas próprias revendedoras, como uma forma de fortalecer as vendas, mas não é obrigatório. Hoje, a marca conta com mais de 500 representantes de venda direta.

Como um segundo passo para acelerar a expansão, eles desenvolveram um formato de franquia modular, que oferece ao franqueado a possibilidade de levar a loja de um lado para o outro. “Isso nos permite testar praças diferentes em cidades menores”, observa Kim. O modelo menor, de 9 metros quadrados, demanda um investimento inicial a partir de R$ 100 mil. A loja modular de 12 metros quadrados custa a partir de R$ 125 mil. A expectativa é que os primeiros pontos nesse novo formato sejam inaugurados nos próximos 90 dias.

Já os formatos tradicionais, que são chamados de Loja Vip e Loja Premium, demandam aportes a partir de R$ 169 mil e de R$ 229 mil, respectivamente. Agora, o casal estuda um novo modelo para shopping centers, mas dessa vez, de quiosque.

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