Rede de frango frito – 500 novos restaurantes!
KFC Brasil
Após várias tentativas de crescer no Brasil, a rede de frango frito KFC pretende finalmente ser relevante no cenário brasileiro de fast-food. Desde junho sob gestão da Sforza, holding de investimentos da família do empresário Carlos Wizard Martins, a americana pretende botar o pé no acelerador nos próximos anos. Até o fim do ano, serão quase 30 novas lojas inauguradas – para um total de 75.
A partir de 2019, a meta é inaugurar pelo menos 50 unidades por ano. Até 2027 serão 500 restaurantes espalhados pelo Brasil. A KFC faz parte do portfólio da americana Yum!, também dona da Pizza Hut – as duas marcas agora têm a empresa do fundador da rede de escolas Wizard como franqueado master no Brasil. No caso da KFC, o Grupo Sforza terá a missão de sacudir de vez a poeira dos fracassos da rede no Brasil. A companhia naufragou no Brasil nos anos 70 e 90.
Responsável pela expansão da KFC, o executivo Ildefonso de Castro Deus, afirma que a rede encontrou seu modelo de crescimento no Brasil. A principal aposta segundo ele, são lojas compactas, de até 60 metros quadrados, em shopping centers. Por enquanto, a expansão vai aproveitar espaços ociosos, mas, para dar conta da meta de 500 lojas em dez anos, a KFC terá também restaurantes de rua, de 200 m².
Os primeiros já devem ser abertos em 2019. O executivo afirma que o custo da operação do KFC gira em torno de R$ 2 milhões por unidade – valor já inclui um curso obrigatório de 90 dias sobre a operação, e o valor do ponto do shopping. Na “peneira” que está fazendo para selecionar interessados no projeto, a holding de Wizard Martins busca investidores com pelo menos R$ 10 milhões para aplicar.
Concentrada em São Paulo por enquanto, a marca alcançará capitais como Porto Alegre ainda este ano. “A ideia é chegar com uma presença relevante, com três ou quatro lojas de uma vez só”, explica Castro Deus.
Um argumento que o executivo usará para convencer os investidores a ter pressa em abrir a carteira é o fato de que, por enquanto, estão disponíveis oportunidades em grandes capitais. Em alguns anos, lembra ele, a expansão se dará em mercados de retorno menos certeiro.
Desafios
Para o consultor Sérgio Molinari, da Food Consulting, a chegada do ex-dono da Wizard à KFC pode ser o empurrão que faltava à rede defrango frito: “O empresário tem uma visão mais agressiva, sendo mais aguerrido até do que a própria Yum!”, diz. Ele pondera, porém, que a KFC não fará o movimento de expansão sozinha, já que o Burger King está trazendo a rival Popeyes ao Brasil.
Outro desafio para a KFC é a concorrência de lanchonetes e bares que servem frango frito ou a passarinho. “É um mercado de rua, menos qualificado, mas que consegue oferecer um produto que, pelo menos na aparência, é semelhante ao de uma grande rede”, diz Molinari. O consultor lembra, no entanto, que o frango é uma proteína de custo mais baixo. Assim, se uma rede do tipo KFC “pegar” por aqui, tende a ser um negócio mais rentável do que as baseadas em carne bovina, por exemplo.
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