Dicas sobre a Ferramenta Business Model Canvas

Ferramenta Business Model Canvas (BMC)

O Business Model Canvas é indicado para organizações de todos os portes,  em especial, para empresas nascentes.

Dicas sobre a Ferramenta Business Model Canvas

PEGN – Editado por Franchisingbook

SERVE PARA empreendedores e estrategistas definirem o modelo de negócio de suas empresas  e visualizá-las de forma sistêmica, integrada, rápida  e visual.

É ÚTIL PORQUE permite discutir e integrar diversas percepções sobre como a empresa pode/deve atuar, os principais elementos de cada parte e como as partes do negócio interagem.

SOBRE A FERRAMENTA: O Business Model Canvas (BMC) teve origem na tese de doutorado de Alexander Osterwalder, defendido na Universidade de Lausanne, na Suíça, em 2004. Posteriormente, em 2009, com a ajuda de Yves Pigneur e de mais de 450 colaboradores ao redor do mundo, Osterwalder publicou o livro Business Model Generation1. Nele, o autor apresenta o resultado de sua tese de forma visual, como uma ferramenta para que empreendedores e executivos consigam discutir e visualizar como o negócio seria executado de forma sistêmica e integrada. O livro se tornou um sucesso instantâneo e várias edições se esgotaram rapidamente. A ferramenta BMC se tornou muito popular entre os empreendedores, principalmente os de internet/web.

COMO USAR: O BMC pode ser utilizado em diversas situações. As mais comuns são:

• Um empreendedor não sabe exatamente como será o seu negócio, quais serão as principais partes e como a empresa funcionará.

• Uma empresa precisa discutir sua atuação no momento e/ou sua situação futura.

• Um empreendedor/executivo precisa explicar como o seu negócio funciona (por exemplo, para um investidor).
Para auxiliar, Osterwalder e Pigneur criaram o site www. businessmodelgeneration.com para divulgar o trabalho e apresentar as explicações iniciais para o uso do BMC. A discussão inicial recai sobre a definição de modelo de negócio, que segundo esses autores, pode ser entendida como “a lógica sobre como uma organização cria, entrega e captura valor”.

Neste contexto, para desenvolver o BMC  da sua empresa é preciso incluir informações a respeito de:

1. Segmentos de clientes: Que clientes (mercados, segmentos, nichos) sua empresa quer atingir?

2. Proposta de valor: Qual (is) benefício (s) sua empresa oferece a seus clientes?

3. Canais: Como a sua empresa atinge (se comunica com)  seus clientes (ou segmentos de clientes) e entrega sua proposta de valor?

4. Relacionamento com o cliente: Quais relacionamentos sua empresa estabelece com os seus (segmentos de) clientes?

5. Fontes de receitas: Quais são as fontes de receitas de cada segmento de clientes?

6. Recursos-chave: Quais são os recursos (ativos) mais relevantes demandados para que o modelo de negócio planejado funcione?

7. Atividades-chave: Quais são as atividades mais importantes que devem ser feitas para que a empresa consiga implementar seu modelo de negócio?

8. Parcerias-chave: Quais são os fornecedores e parceiros necessários para que o modelo de negócio seja adotado?

9. Estrutura de custos: Quais são os custos (despesas, gastos) que a empresa terá ao pôr o modelo de negócio planejado em prática?

Para auxiliá-lo (a) a responder tais perguntas, Osterwalder e Pigneur desenvolveram o que chamaram de Business Model Canvas (BMC), que é a figura apresentada a seguir. A tradução literal de BMC seria algo como Tela do Modelo de Negócio. O intuito é que você desenhe o modelo de negócio da sua empresa em uma tela, daí o forte apelo visual da ferramenta.

O BMC pode ser “desenhado” (preenchido)  de diversas formas. As principais são: 

Sozinho: O interessado imprime o BMC ou recria sua lógica em um papel ou quadro e começa a responder às perguntas de cada parte. É importante que o empreendedor inclua mais perguntas e/ou desafios para cada uma das partes.

Em grupo: Diversas abordagens podem ser feitas em grupo. A mais utilizada é como ferramenta de brainstorming, em que, normalmente, as respostas são colocadas em post-its fixados em cada parte do BMC. Assim, há flexibilidade em considerar diversas respostas para cada contexto.

Diante do sucesso do BMC, muitas pessoas começaram a lançar soluções para sua elaboração. Uma delas é o Canvanizer (www.canvanizer.com), mas há várias outras.

Business Model Canvas

.:DICAS DE USO DA FERRAMENTA
Rascunhe o seu negócio: O BMC é uma  excelente ferramenta para que empreendedores de primeira viagem rascunhem suas ideias da empresa de forma integrada, pois não exige conhecimentos aprofundados de negócios.
Valide rapidamente: O BMC exige respostas integradas. Por isso, o que é escrito em uma parte deve fazer sentido com as demais. Isso obriga o empreendedor a visualizar seu negócio de forma sistêmica e integrada. Por ser mais visual, permite  que outras pessoas (especialistas, mentores, investidores) comentem as respostas dos empreendedores de forma mais abrangente.
Fuja dos extremismos e das polêmicas: Como tudo aquilo que se torna muito popular, há os grandes defensores (que só enxergam os benefícios)  e os grandes críticos (que só enxergam as falhas) do BMC. O BMC é uma excelente ferramenta que pode ser utilizada com outras.
BMC é um tipo de plano de negócio:  Entre os defensores, há os que gritam que o BMC substitui o plano de negócio. Do ponto de vista lógico,  o BMC é um tipo de plano de negócio. O termo plano  vem do latim planum, uma superfície lisa e plana em  que era explicado o que deveria ser feito. Antes do papel, as pessoas expunham o que deveria ser feito desenhando no chão mesmo. Um tipo de plano que deu certo é a planta baixa de engenharia ou arquitetura.  Uma receita de um bolo também não deixa de ser um plano. Nessa lógica, a tela (canvas) também é um plano em que se explica como o negócio será feito. Em algumas situações, o BMC e o plano de negócio tradicional se complementam. Em casos assim, o BMC é útil para integrar as ideias a respeito da futura empresa e o plano de negócio tradicional pode ser eficaz para organizar o planejamento dos 5W2H .
Combine com os russos: O exemplo já se tornou folclórico, mas na Copa de 1958, o técnico do Brasil, Vicente Feola, explicava como a seleção brasileira de futebol deveria jogar contra a União Soviética. Em certo ponto, Mané Garrincha soltou a fatídica pergunta: Mas o senhor já combinou tudo isso com os russos? Entre as críticas ao BMC está o fato da pouca ênfase que o modelo dá para a concorrência ou mesmo incertezas típicas de um novo negócio. Tudo é lindo. A proposta de valor é maravilhosa. As fontes de receitas são deslumbrantes e os custos não preocupam tanto. E todas as parcerias funcionarão às mil maravilhas. OK. E a concorrência? Frequentemente, empreendedores chegam a este ponto com a afirmação: “Meu negócio é inovador, logo não tenho concorrência”. Aqui vale a célebre afirmação de Andrew Grove, lendário presidente da Intel: “Só os paranoicos sobrevivem”. E sim, todas as empresas têm concorrentes, se não diretos, por meio de produtos e serviços substitutos.
Geração startup: O BMC tem boa aplicação  para startups de negócios web. Em muitas situações, o que foi planejado inicialmente não representa a realidade e o empreendedor precisa alterar seu modelo de negócio inicial. Em casos assim, como a elaboração  do BMC é rápida, o modelo se torna muito mais útil  do que escrever um longo plano de negócio tradicional. Nesta situação, o BMC é um grande complemento  de uma teoria de empreendedorismo chamada effectuation e da ferramenta MAT, que também está  no Movimento Empreenda.
Usuários e clientes: Usuário, sozinho,  não é um termo bem visto. Mas para os negócios web principalmente, usuário é uma métrica fundamental  e ele se diferencia dos clientes. O Google, por exemplo, tem usuários (todos que usam seus serviços gratuitamente) e clientes (anunciantes, por exemplo, que pagam para anunciar).
Muito material na internet: Uma rápida busca na internet encontrará muita informação adicional sobre o Business Model Canvas.
MATERIAL ADICIONAL RECOMENDADO:  osterWalder, alexander; Pigneur, Yves. inovação em modelos de negócios,  alta books, 2011. www.bsinessmodelgeneration.com
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