Pipoca de Colher

Empreendedora fatura com Pipoca de Colher

Pipoca de colher (Foto: Fernanda Ferraro)
Pipoca detox, com casca de laranja e gengibre (Foto: Fernanda Ferraro)

Na hora de assistir um filme, seja no cinema ou em casa, um dos itens indispensáveis é a pipoca. A guloseima é uma das grandes paixões de Sabrina Schmidt, 38 anos, e acabou virando uma oportunidade de negócio. Em outubro de 2015, ela criou a Pipoca de Colher. O nome remete ao alimento com o acréscimo de diferentes ingredientes, o que faz com que o consumo possa ser feito até mesmo com uma colher.

Quando era criança, Sabrina foi a um parque de diversões e viu um carrinho com pipocas de muitos sabores diferentes. “Eu nunca tinha visto uma máquina daquelas e adorei. Sempre falava que queria ter uma igual”, diz. Mesmo adulta, a ideia de montar o próprio negócio de pipocas se manteve.

Desempregada depois que a empresa em que trabalhava faliu, Sabrina começou a pesquisar sobre pipocas e descobriu que a guloseima em seu estilo gourmet já estava ganhando espaço no mercado. “Vi que o pessoal já estava começando a entender um pouco mais sobre essa pipoca diferenciada. No começo, os testes que fiz eram voltados a um produto gourmet, mas ainda sem me preocupar muito com a parte nutricional”, explica.

Durante seus testes, a empreendedora se viu em um dilema. Em sua casa, o consumo de açúcar branco e outros alimentos calóricos já tinha sido eliminado da rotina. No entanto, para desenvolver seu produto, começou a usá-los novamente. “Não fazia sentido criar algo que não costumo nem dar aos meus filhos. Notei que as pessoas estão procurando um estilo de vida mais saudável e decidi repensar minha ideia”, afirma.

Sabrina percebeu uma ausência de pipocas doces e saudáveis no mercado e achou que seria bom investir nisso. Mas, para que tudo desse certo, a empreendedora teve que começar a desenvolver suas receitas do zero, já que não existia nenhuma referência que a ajudasse. “De cara, tirei o açúcar branco de minhas receitas. Depois, comecei aos poucos a mudar o tipo de óleo que usava até que o eliminei totalmente. Minha base ficou em apenas açúcar mascavo, farinha de linhaça e sal rosa do Himalaia”, explica.

O processo de produção também não foi nada fácil. Sabrina começou a fazer seu produto em casa, com apenas uma pipoqueira convencional. Aos poucos, foi descobrindo as melhores técnicas para fazer um produto com maior durabilidade e qualidade. “Foi com muitos erros e acertos que consegui desenvolver o produto que tenho hoje, com validade dois meses”, diz.

Atualmente, a empreendedora está trocando a embalagem de seu produto – anteriormente um pote de PET – para uma de alta barreira sem nenhum visor. Além disso, tirou o oxigênio e está colocando, no pacote de pipoca, uma mistura de gás carbônico com nitrogênio. Com isso, seu produto terá uma durabilidade de quatro a seis meses sem nenhum aditivo químico.

Pipoca de Colher
Sabrina Schmidt (Foto: Bruno Girão)

Para começar a Pipoca de Colher, Sabrina contou com a ajuda de um amigo, que lhe emprestou dinheiro. Com um investimento de R$ 3 mil, ela comprou um fogão, uma panela, embalagens e insumos para testar receitas. Em seis meses de negócio, a empreendedora já recebeu três propostas de franquia mesmo sem ter uma loja física.

Além disso, a marca está se preparando para começar a exportar os seus produtos. “Uma pessoa do Uruguai ouviu sobre a marca e veio conversar com a gente para negociarmos de enviar o produto para lá. Agora, estamos vendo se vale mais a pena montar uma fábrica lá”, afirma Sabrina. Os produtos também estão sendo vendidos em sete lojas espalhadas pelo Brasil e pela internet.

Dentre as pipocas oferecidas pela marca, está a “Detox”, feita com casca de laranja e gengibre e a “Chocolate fit”, que leva cacau e canela. O pote de qualquer sabor custa R$ 18. Outro produto desenvolvido por Sabrina é a farinha fit de milho expandido (R$ 15), que pode ser usada como qualquer farinha convencional. A diferença é que ela é muito menos calórica do que farinhas como a de mandioca e de rosca.

Hoje em dia, a Pipoca de Colher fatura cerca de R$ 30 mil reais por mês com seus produtos. Até o fim do ano, no entanto, Sabrina espera vender uma média de 10 mil potes de pipoca mensalmente. Outra expectativa da empreendedora é exportar. “Tivemos que criar uma nova marca: a Poppin’ Fit. Em outros países, ninguém entende a ideia de pipoca de colher. Criei um nome que explicasse mais o nosso produto”, afirma.

A Poppin’ Fit já foi enviada para alguns lugares como teste e, segundo Sabrina, foi aprovada. “Esperamos que a Pipoca de Colher vire um guarda-chuva. Teremos a linha fit, que é a Poppin’ Fit e uma linha para crianças. Também vou lançar dois novos produtos à base de pipoca que farão parte de outras linhas”, diz.

Por PEGN

Franchisingbook

 Franchisingbook App Store Franchisingbook Google Play

  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.