Fit Cookies quer expandir rede de franquias para todas as capitais do país até 2017
A vontade de comer doces mesmo durante uma dieta rigorosa foi o ponto de partida para Graziela Zonta criar receitas de pastas de amendoim e cookies utilizando apenas ingredientes saudáveis e suplementos alimentares, como whey protein. “Foi uma necessidade minha. Na época estava treinando para uma competição de fisiculturismo e o doce era o grande vilão da dieta”, afirma.
Os doces funcionais criados pela curitibana chamaram a atenção das colegas de treino, que não só pediram para experimentar como postaram fotos no Instagram com os cookies ricos em proteínas. O que Graziela não esperava é que os posts fariam tanto sucesso a ponto de receber dezenas de pedidos para produzir mais doces. “Para mim, era normal que as pessoas tivessem curiosidade pela receita, mas nunca imaginei que haveria interesse em comprar o produto”, diz.
A crescente demanda fez com que a advogada de 34 anos decidisse mudar de profissão e fundar a Fit Cookies, em 2013. “Fiz um investimento de R$ 5 mil para comprar os equipamentos, consultei alguns nutricionistas e comecei a produzir. As pessoas diziam, ‘você vai largar a advocacia para vender doces fitness?’. Não foi fácil. Nessas horas é necessário ter um objetivo claro do que você quer para sua vida”, afirma a empreendedora.
Da mesma maneira que o negócio nasceu, com posts no Instagram, a Fit Cookies ganhou relevância dentro do mercado fitness com a ajuda da rede social. “Enviamos alguns doces para blogueiras como a Gabriela Pugliesi e a Nicole Bahls e elas fizeram posts em suas redes sociais sem cobrar nada. O resultado foi que em dois anos já atingimos mais de 80 mil seguidores em nosso perfil, praticamente sem investimento algum”, diz.
O próximo passo foi alugar um ponto comercial para aumentar a produção e em seguida começar a vender por conta própria com um e-commerce. “Eu mesma montei nossa loja online, e na primeira semana vendemos R$ 20 mil em produtos para todo o Brasil”.
O sucesso na internet despertou o interesse de lojistas, que solicitaram o produto para comercializar. Em 2014, Graziela montou a primeira loja física da Fit Cookies e, em poucos meses depois recebeu um pedido para abrir a primeira franquia da marca. “Hoje temos mais de 90 pontos de venda em lojas do ramo e acabamos de inaugurar nossa segunda franquia, em São Paulo”, diz.
Sem experiência alguma com empreendedorismo, Graziela explica quais foram os pontos-chave para o negócio dar certo. “Uma coisa muito importante foram as consultorias do Sebrae, que me ajudaram a dar um rumo para o negócio. Outra coisa fundamental foi um contato muito próximo com os clientes, sempre explicando os benefícios dos doces para a saúde e mostrando que tinha o interesse em ajudá-los a atingir seu objetivo na dieta”.
Franquias
A paranaense conta que até o fim do ano serão inauguradas mais seis franquias pelo país em estados como Maranhão, Rondônia e Pernambuco. Segundo Graziela, a meta é ampliar a rede para todas as capitais do país no próximo ano.
O modelo de franquias da Fit Cookies exige um investimento inicial de R$ 85 mil. O valor engloba estoque, materiais e utensílios, projeto arquitetônico e capital de giro. A taxa de franquia é de R$ 30 mil e o faturamento mensal médio, de R$ 50 mil.
*Conteúdo publicado originalmente por PEGN – Murilo Cepellos – 10/11/2015